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Guardas municipais declaram greve por tempo indeterminado, protestam nas ruas da cidade contra descaso do governo Léo Coutinho e ocupam sede da corporação

7.11.13

Após esgotadas todas as tentativas de chegar a um acordo que pudesse colocar fim ao impasse entre a Guarda Municipal e o Palácio da Cidade, os membros da GDM, através do Sindicato da categoria, declararam greve geral por tempo indeterminado.

Lutando por direitos desde o governo do então prefeito Humberto Coutinho, a GDM de Caxias chegou inclusive a receber do próprio Léo Coutinho uma indicação de que teriam suas reivindicações atendidas. LC chegou inclusive a marcar uma data, que seria 90 dias contados a partir da volta dos trabalhos legislativos reiniciados em julho, para enviar à Câmara o tão aguardado Plano de Cargos, Carreiras e Salários pleiteados pelo SIGMAC. Findado o prazo, o prefeito não enviou o PCCS ao legislativo e muito menos reabriu o diálogo com a categoria.

Nas últimas duas semanas, os membros da Comissão de Segurança da Câmara, vereadores Genival “motopeças”, Ronaldo Chaves e Taniery Cantalice ainda tentaram, em vão, encontrar uma saída para o impasse. Não chegaram a conseguir nem ao menos uma audiência com o prefeito.

“[Comissão de Segurança] tentamos falar com o prefeito, mas ele é igual a água de Caxias, nunca é encontrado”, declarou a vereadora Taniery durante a sessão da Câmara desta quarta-feira, dia 06.

Diante da falta de resposta do Palácio da Cidade, os guardas municipais tomaram a única medida que resta à categoria para tentar conseguir seus direitos: decretaram greve por tempo indeterminado.

Gritando palavras de ordem, e denunciando a calamitosa situação em que trabalham, cerca de 90% dos guardas municipais da cidade saíram as ruas na tarde desta quinta-feira, dia 07, e fizeram um protesto, embora pacífico, mas com um forte simbolismo diante da representação que a farda proporciona.

Portando faixas onde retratavam os anseios dos membros da guarda, um carro de som acompanhou toda a passeata de protesto onde a real situação da guarda era denunciada à população.

“Estamos lutando por direitos que estão garantidos na Lei que criou a Guarda Municipal”, dizia uma das manifestantes.

Por onde passavam, os guardas recebiam o apoio da população, numa demonstração inequívoca de que a sociedade caxiense abraçou essa luta.

Perguntado se a greve teria um prazo para acabar, o presidente do Sigmac, Saulo Coelho foi curto e grosso: “É por tempo indeterminado”.

Ao final da passeata, os manifestantes ocuparam a sede da GDM, localizada ao lado do terminal rodoviário da cidade e informaram que não sairão do prédio enquanto não forem ouvidos pelo prefeito e tiverem uma resposta positiva diante das reivindicações que fazem há um longo período.

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