Minha Figura

Código de “Ética” da Câmara Municipal de Caxias tem uma finalidade: “calar e cassar vereadores da oposição”.

24.9.13
Em 2002, na disputa pela presidência da Câmara, o então presidente do parlamento caxiense, Antonio José Ximenes, foi o patrono da cassação do vereador Helton Mesquita para obter vantagem na disputa pela reeleição ao comando da Casa. Caso Mesquita fosse cassado, o suplente que assumiria era voto certo para Ximenes na disputa de então. A manobra de AX, através da cassação por decreto legislativo, tomou as manchetes dos jornais de todo o Estado e a Justiça impediu a arbitragem.

Sem a cassação de Helton Mesquita, a oposição na época elegeu Ironaldo Alencar como presidente da Câmara.

Antonio Ximenes foi cassado em seguida pela maioria oposicionista assim como Antonio Luis Assunção.

Antonio Luis e Ximenes conseguiram voltar em seguida por via judicial, mas AX foi cassado em seguida através de outra ação judicial.

Com a eleição de Humberto Coutinho em 2004, estabeleceu-se um período de respeito aos membros do parlamento e, oposição e situação, embora com divergências, sempre conviveram numa aceitável harmonia. Mesmo quando haviam fortes divergências, oposicionistas e governistas se entendiam e existia uma convivência saudável entre todos.

Mas Humberto Coutinho sempre teve sua popularidade alta nos 8 anos que governou nossa cidade e isso era visto nas pesquisas de opinião apresentadas a cada 2 meses pelo ex-prefeito. Essa segurança no humor da população levava calma e tranqüilidade ao grupo político de HC.

Com um governo caindo pelas tabelas e se arrastando em índices de popularidade só vistos no final da administração de Eziquio Barros, o atual prefeito, Léo Coutinho, jamais apresentou uma pesquisa de opinião aos caxienses.

Mesmo continuando a fazer pesquisas de opinião a cada 2 meses, os números são divididos entre os familiares e poucos aliados. Os índices revelados fazem queimar a gastrite de Humberto Coutinho. Léo Coutinho vai de mal a pior.

Com a popularidade do governo municipal em baixa, os governistas na Câmara, por não conseguirem empolgar a platéia e fazer uma defesa convincente do prefeito, ensaiam a volta da truculência e o período de cassações no parlamento.

A instalação da figura do corregedor da Câmara, que irá aplicar o Código de Ética, está eletrizando os bastidores e a cada passo dado mostra qual a intenção dos governistas em eleger a figura desse corregedor.

Na postagem publicada no blog em 21 de agosto, intitulada ABRE O OLHO, OPOSIÇÃO!!! Conselho de ética que será criado na Câmara Municipal pode ser armadilha contra minoria oposicionista (reveja aqui: http://www.blogdosaba.com.br/2013/08/abre-o-olho-oposicao-conselho-de-etica.html) alertei aos leitores o que estava por trás da criação de tal instituição do parlamento.

Abordei na oportunidade a insinuação do vereador Jerônimo Ferreira contra a vereadora Taniery Cantalice.

Após Taniery revelar o nome dos proprietários dos caminhões compactadores de lixo que trabalham para o município, citou o ex-vereador Irmão Assis, que vem a ser marido da atual vereadora Irmã Nelzir.

Jerônimo, alegando que a oposicionista teria constrangido a colega, pediu à presidente Ana Lúcia que fosse logo viabilizada a instalação do Código de Ética da Câmara para punir casos como aquele. Foi uma senha clara das intenções do mais aguerrido e valente membro da bancada governista contra a oposição.

Fontes próximas ao governo me informaram que o mentor da instalação do famigerado Código de Ética da Câmara é o ex-vereador Antonio Ximenes, o mesmo que em 2002 tentou cassar, através de decreto legislativo, o então vereador Helton Mesquita.

A mesma fonte me confidenciou que, durante uma reunião, o vereador Paulo Simão, irmão do presidente do Tribunal de Justiça, Jamil Gedeon, pediu que fosse ele o Corregedor da Casa. “Ele disse na reunião que além de ser doido, era blindado, pois o parentesco com o presidente do TJ amedrontava a ira dos colegas da oposição”, relatou-me a fonte governista.

Governos autoritários e ditaduras cassam e prendem adversários. É assim na Venezuela, Equador, Bolívia, Cuba, Coréia do Norte e outros.

Governos impopulares e com maioria no parlamento podem cassar a calar a minoria oposicionista.

O governo Léo Coutinho é impopular e tem maioria absoluta na Câmara Municipal.

3 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Ximenes e a mulher não vivem sem um mandato e sempre estão com a situação seja ela quem for e falam de ética.

  1. José jorge disse...:

    Rapaz vc não publica mais os comentário ...fecha o blog, vc está sendo totalmente parcial, se vc não gostar dos comentários ou se falarem das mazelas de pessoas que pagam o blog vc não divulga......divulgue pelo menos minha indignação com vc blogueiro

  1. Cláudio Sabá disse...:

    Caro "José Jorge", os comentários que não publico é por que as vezes os comentaristas se excedem e aproveitam o anonimato para agredir sem provas e ofender sem razão. Quando algum comentarista chama alguém de ladrão, propineiro, falsário ou coisas do tipo, eu descarto esses comentários. As vezes aparecem comentários até interessantes, mas no final do pensamento do autor tem uma ofensa ou acusação sem provas, e isso eu não compactuo.

Postar um comentário