Catulé responde a Jerônimo: “Aqui tem vereador que já chegou com o radiador furado”

“Ele disse aqui que tem sangue de paraibano nas veias, e eu não entendi direito, pois que eu saiba, naquele Estado as mulheres é que são homens”

Catulé garante que só usou 50%
de sua resposta a Jerônimo

Com a platéia da Câmara Municipal lotada na sessão desta quarta-feira, 12, para ouvir a resposta de Catulé pelas agressões feitas pelo colega Jerônimo Ferreira na última segunda-feira, o vereador oposicionista não decepcionou e fez um discurso bem ao seu estilo: ferino e duro como sempre.

O tão esperado embate não aconteceu, haja vista que Jerônimo não compareceu na sessão desta quarta-feira.

“Eu não irei fazer um discurso como eu gostaria, pois o meu detrator não está aqui e eu não serei covarde para usar tudo que eu tenho contra ele sem sua presença”, disse Catulé no início de sua fala ressaltando que iria usar apenas 50% do que teria a responder ao situacionista.

E esses 50% da oratória de Catulé foram fortes e levou a platéia a ouvi-lo atentamente e sorrir por diversas vezes devido aos trejeitos e peculiaridades do vocábulo do vereador.

“Tem gente que chega aqui com o discurso de novo, mas muitas vezes já chega com o radiador furado”, disse Catulé arrancando risos da platéia.

A primeira parte do discurso do vereador foi para falar da sua trajetória de vida desde a época de estudante em Recife até a conquista dos cargos que acumulou ao longo da vida.

“Ele citou aqui minha passagem pelo Funrural, mas tenho orgulho dos 6 anos que lá passei, pois sendo responsável por aposentadorias e demais benefícios para trabalhadores em 22 cidades da região, consegui aumentar de 3 mil beneficiados quando cheguei para 27 mil quando deixei a instituição”, lembrou o parlamentar.

“Na Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Caxias fui eleito presidente no voto dos empresários sócios da entidade, e por ser comerciante na época, tendo uma rádio e uma farmácia, e ainda por ser proprietário rural e ter curso superior, tenho legitimidade para continuar sendo presidente”, afirmou Catulé que lembrou o tempo de permanência de alguns dirigentes de entidades classistas no Maranhão. “O José Arteiro está há 33 anos na Federação do Comércio do Maranhão e por que é que eu não posso passar 100?” questionou o vereador arrancando mais uma vez risos do público.

Bastante ressentido pelo fato de não poder apartear o discurso de Jerônimo na última sessão, Catulé disse que sempre concedeu apartes aos colegas que pediram ao longo de todo o tempo que está no parlamento. “Não sou covarde e aceito sempre o contraditório”.

A permanência de Jerônimo na APAE, e a forma que o mesmo comanda a entidade, também foi abordado, mas, no entanto, Catulé preferiu deixar a melhor parte da sua resposta para Jerônimo quando o mesmo estiver presente.

“Vou esperar outra oportunidade para poder responder melhor os ataques sofridos quando meu detrator estiver presente, pois a covardia não faz parte da minha trajetória de vida”, encerrou Catulé deixando no ar que o inevitável encontro entre ele e Jerônimo terá uma alta voltagem.