Mesmo em minoria, oposição dá show contra governistas na Câmara

Mesmo com a presidência da Casa do Povo e a maioria
dos seus membros, governo tem sofrido no parlamento

Na sessão desta segunda-feira, 19, na Câmara Municipal, ficou bem claro que a minoria governista consegue demonstrar uma superioridade nos embates ocorridos ali que praticamente aniquila os colegas situacionistas.

Catulé, Fábio Gentil, Benvinda Almeida, Taniery Cantalice e Luis Carlos Ximenes, não conseguem calar a tropa de choque aliada ao Palácio da Cidade, mas pelo menos os deixam com discursos sem nexo quando vão defender o governo Léo Coutinho.

Apesar da eloqüência e desenvoltura do líder governista, Mário Assunção, seus colegas quase nunca colaboram exibindo a mesma performance quando o assunto debatido necessita de conhecimento técnico sobre temas complexos.

Quando da defesa do governo sobre a licitação de publicidade que o MP já pediu o cancelamento, Tays Coutinho e Jerônimo subiram na tribuna e fizeram discursos tristes onde demonstraram não ter nenhum conhecimento sobre o assunto. Mesmo com textos escritos por assessores da Prefeitura, não conseguiam encontrar o rumo no que estavam lendo.

Como não poderia deixar de ser, Fábio Gentil fez o inverso: reiterou suas denúncias contra a referida concorrência pública como trouxe ao debate novas denúncias que irão colaborar com o procedimento feito pelo Ministério Público.

Apesar de estarem em número reduzido, os oposicionistas procuram sempre aprofundar o debate e concedem apartes aos governistas em todos os assuntos ali tratados.

Fazendo o inverso da oposição, os comandados do grupo Coutinho, com exceção do líder Mário Assunção, Ronaldo Chaves, Luis Lacerda e Durval Júnior, os demais não costumam conceder apartes à oposição.

Jerônimo, o mais serelepe nas defesas da situação, quando o assunto é polêmico, não atende aos apelos para dar a palavra aos contrários, o que acaba tirando qualquer vestígio de brilho que suas defesas e argumentos poderiam ter.

Bem que o prefeito Léo Coutinho poderia contratar a Fundação Dom Cabral para ministrar algum curso para a maioria dos integrantes da Câmara Municipal.

Muitos iriam melhorar os discursos e o entendimento de vários assuntos. Talvez a vereadora Tays Coutinho não conseguisse obter o rendimento esperado nesse tipo de curso.

Se fizesse isso, com certeza teria uma vida mais fácil no parlamento.