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Os fantasmas da era Coutinho! Mais de R$ 20 milhões em equipamentos da Saúde no setor mais mal avaliado no município

30.7.13
Montante foi gasto na saúde com as empresas MultMed Ortopédico e Dismahc Comércio e Representação de Material Cirúrgico, as mesmas do caso das UTIs.

Ex-prefeito Humberto Coutinho
Duas empresas de Teresina, capital do Piauí, especializadas em venda de equipamentos hospitalares, receberam da Prefeitura de Caxias R$ 19.655.441,56 entre janeiro de 2009 e dezembro de 2012, tempo que durou o último mandato de prefeito Humberto Coutinho (PSB).

A quantia é exageradamente grande para os padrões dos serviços de saúde prestados pela prefeitura caxiense, uma vez que esses quase R$ 20 milhões não fecham os gastos justificados pela administração de Humberto Coutinho em nome da assistência médica prestada à população. Com salários, alimentação, combustíveis, energia elétrica e material de consumo, deve haver uma conta semelhante ou ainda maior.

MultMed Ortopédico e Dismahc Comércio e Representação de Material Cirúrgico são as mesmas que, no mandato anterior, venderam por mais de meio milhão de reais os equipamentos dos 11 leitos de UTI pagos por Humberto Coutinho e que ninguém sabe onde foram instalados.

Para uma cidade onde a rede de saúde é precária, cifras que se aproximam aos R$ 20 milhões em equipamentos chamam a atenção, principalmente se comparadas com outros gastos para a área feitos na mesma época em equipamentos que de fato passaram a existir.

O Governo do Estado gasta em média R$ 1,5 milhão para equipar uma UPA que atende com grau máximo de satisfação até 20 mil pessoas por mês.

Para equipar um Hospital Geral, como o de Barreirinhas e Grajaú, de 50 leitos, o governo investiu em cada um em torno de R$ 3,1 milhões. Não sai por menos de R$ 1.250.000,00 o custo total dos seus equipamentos de cada unidade dos 72 hospitais de 20 leitos.

Atualmente, o estado constrói quatro hospitais de grande porte, cada um com 100 leitos de internação e mais 10 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em Caxias, Imperatriz, Santa Inês e Pinheiro.

Em Caxias, onde o ex-prefeito gastou quase R$ 20 milhões em casas de vendas de
equipamentos e nada se materializou em assistência ao povo, a construção do Hospital Macrorregional de 110 leitos vai custar R$ 21 milhões e todo o seu equipamento de alta tecnologia, exigido por um hospital de alta resolutividade vai sair por R$ 11 milhões, um pouco mais da metade do que Coutinho gastou inutilmente nos seus últimos 4 anos como prefeito.

Os R$ 19.655.441,56 gastos em 4 anos pelo ex-prefeito Humberto Coutinho ultrapassam em quase R$ 4 milhões tudo o que o estado investiu, no mesmo período, para montar 10 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), cinco em São Luís e cinco nas cidades de Imperatriz, Codó, Coroatá, São João dos Patos e Timon. Dentro da Secretaria de Saúde do Estado, seguem as tomadas de conta especiais sobre o que foi feito pela Prefeitura de Caxias, no período de Humberto Coutinho, com recursos transferidos pelos governos de José Reinaldo Tavares e Jackson Lago.

Há o caso do dinheiro transferido e gasto por Coutinho para a compra e instalação de 11 leitos de UTI Pediátrica. O então prefeito prestou contas, mas ninguém consegue descobrir onde foram instalados esses leitos de UTI.

Existem dois outros convênios igualmente nebulosos. Um deles teria resultado na compra, inclusive, de equipamentos para cirurgias por videolaparoscopia. Essa compra também tem "contas prestadas", mas tal como ocorreu com as UTIs que deveriam estar salvando criancinhas, ninguém sabe onde esse recurso médico foi parar.

SAIBA MAIS
No início do mês, O Estado mostrou o caso dos 11 leitos de Unidade Intensiva de Terapia (UTIs), que foi encaminhado a uma comissão especial de tomadas de contas para em seguida ser entregue ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público.

A denúncia é de que o dinheiro foi liberado pelo Governo do Estado. Os equipamentos foram comprados e transportados para a cidade, mas desapareceram da cidade de Caxias em 2008.

Durante o governo do PDT, o secretario estadual de Saúde era o médico Edmundo Costa Gomes e o prefeito de Caxias era Humberto Coutinho (PSB), então filiado ao PDT e que se manteve no cargo até 31 de dezembro passado quando foi sucedido pelo sobrinho, Leo Coutinho (PSB). Nem o hospital que abrigaria esses leitos de UTI existe mais. O Sinhá Castelo foi desativado por Humberto Coutinho entre 2008 e 2009.

Em 30 de novembro de 2007, Edmundo Gomes e Humberto Coutinho assinaram convênio de R$ 523.299,19 para a instalação de UTI pediátrica no Hospital Municipal Sinhá Castelo. Desse valor o estado repassou imediatamente R$ 475.726,54. Os R$ 47.572,65, 10% sobre o que dera o estado foram repassados para a conta do convênio pela Prefeitura caxiense a título de contrapartida.

Por duas vezes, a prefeitura pediu (e foi atendida) prorrogação do prazo para comprar e instalar os leitos de UTI. Os contratos foram assinados com as empresas Dismahc e E. M. M. Mota para a compra de equipamentos sofisticados, como 8 ventiladores pulmonar, 2 cardioversores, camas específicas de leitos de UTI, reanimadores neonatais, cardioversores, desfribiladores e outros. (Fonte: O Estado do Maranhão).

1 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    http://www.difusoracaxias.com.br/noticia/caxias-entre-as-22-cidades-de-porte-medio-que-mais-crescem-no-brasil

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