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OPINIÃO: O Papa Francisco e a mensagem aos brasileiros

29.7.13
Escrito por  Redação Douranews

Em sua primeira visita internacional e ao Brasil, o Papa FRANCISCO não se cansou de pregar a necessidade de solidariedade entre os povos e um veemente repúdio à corrupção.

Essa mensagem vem em um momento emblemático da sociedade brasileira, em o povo sai às ruas reclamando e clamando por seriedade no trato da coisa pública.

Parece de suma relevância refletir sobre a mensagem do Sumo Pontífice, homem simples que consegue dialogar de igual para igual com o povo sem perder a ternura e a firmeza na defesa de suas posições.

É hora, pois de mudanças de práticas e posturas. Até porque o povo não mais aceita ser enganado e exige respeito.

Nesse contexto, não se faz necessária a convocação de plebiscitos para saber o que o povo quer e reclama nas ruas, mas agir de modo a transformar em realidade as promessas feitas nas campanhas eleitorais e na Constituinte de 1988, especialmente no campo da saúde, da educação e da seguranças, bens indispensáveis para que qualquer sociedade possa se desenvolver democraticamente.

Muito latim e dinheiro público se gastou com reuniões no âmbito do Governo Federal com a discussão a respeito da convocação de plebiscito, quando as mensagens e os reclamos do povo das ruas são e continuam sendo claros: exige-se seriedade a ação por parte daqueles que foram eleitos para representá-lo e por ele trabalhar.

Quando Sua Santidade fala que o futuro do País depende da energia dos jovens e da experiência dos idosos, está se referindo à necessidade de educação para aqueles que são futuro de qualquer Nação e de respeito àqueles que com sua vivência e experiência muito têm a nos transmitir.

Necessitamos, portanto, de um sistema educacional que seja capaz de educar e preparar os jovens para assumirem o papel daqueles que, agora envelhecidos, deram sua contribuição e que merecem acolhimento e respeito. Por conseguinte, têm o direito de ser tratados de forma digna e com respeito pelo sistema de saúde e de segurança para que não sejam privados de uma aposentaria digna que lhe permita viver dignamente com segurança e saúde e com possam descansar porque já deram sua contribuição. Têm, pois, o direito de ser tratados com solidariedade e carinho não apenas pelos órgãos do Governo, mas também, e principalmente, pelos seus familiares.     

É, pois, hora de refletir sobre essa importante mensagem de humanidade daquele que foi escolhido para dirigir os destinos da Igreja Católica, instituição que também necessita de reformas e mudanças para enfrentar os novos e muitos desafios que uma sociedade desigual e excludente tem.

Não basta, pois, orações, mas ações concretas para discutir e absorver as novas conquistas da ciência e da pós-modernidade como a questão do aborto, das células tronco, do uso de preservativos, união entre pessoas do mesmo sexo, não como algo pecaminoso, mas como uma contribuição que pode acolher e salvar vidas.

Espera-se que a visita do Santo Padre possa despertar em cada um de nós os mais nobres sentimentos existentes no ser humano que, apesar de contraditório, é capaz de ser solidário e de amar aos seus semelhantes e estimular nas autoridades que têm a nobre missão de representar o povo nas mais diversas instituições, o sentimento de seriedade, solidariedade e de dever para com aqueles que representam. E isso se concretizar a visita do Papa terá sido um grande contributo para a sociedade brasileira.

Comentário nosso
Ao ler este artigo, encontrei nele toda a essência da vinda do Papa Francisco ao Brasil.

O artigo aborda, com profundidade e responsabilidade, os aspectos espirituais e políticos das mensagens deixadas pelo Sumo Pontífice.

Confesso que após a passagem de Francisco pelo Brasil, meu espírito de católico (quase não praticante) ficou tocado profundamente.

Um artigo que fiz questão de dividir com os leitores do blog.

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